Soneto à moça das leis
Eu preciso de força, e força falta
A mim para manter firme os joelhos
Esconder o calor, olhos vermelhos;
Isso que me machuca e que me mata.
Eu preciso culpar-lhe, mas no entanto
Não tens nenhuma culpa, és inocente
E eu não sou culpado -- amo-te tanto!
Não vai passar assim, impunemente.
Espero que confesses, que reflita
E, generosamente, que me aceites;
Sorria para mim, e não de mim.
Venha me defender, nunca permita
Que eu nessa loucura a desrespeites
Peço sua sentença (beijo), enfim.
(Bruno Peguim)
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