A Garganta da Serpente

Bruno Nunes

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QUE DESTINO

Que segundo tão infinito
Que centímetro tão imenso
E este meu sonho esquisito
Que não corresponde ao que penso

Que arranhão tão hemorrágico
Que transborda metade de minha vida
Que ainda procura espaço para ser mais trágico
E encontra mais um universo para machucar esta ferida

Que destino tão fatídico
Que adora assistir ao meu sonho inconfortável
Que já deixou de ser algo místico
Para se tornar algo detestável


(Bruno Nunes)


voltar última atualização: 30/10/2002
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