Soneto Italiano
Se juntos nos tornamos amantes
Em simples e sincera unidade
Um adjunto de totalidade
O que fazemos, então, distantes?
Se nesse afastar limitante
Que nos condena a brevidade
Nessa nossa fatalidade
O que seremos, senão, hesitantes?
Ao lhe ter como mulher e amante
Em uma única existência adjunta
Mesmo nesse imenso estar distante
Nunca em separação absoluta
Mas nesse sentimento aceitante
De muito amar, que mais nos junta
(Bruno Garbe Junior)
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