A Garganta da Serpente

Bruno Calil Fonseca

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

A CHUVA

Cai a chuva mansa e fria.
Pela janela ouço o som
Destilando pela esguia
Calha, à água num só tom.

Límpida e pura
Como o véu claro;
No seu rosto sem amargura
Triste e sem amparo!

Fina, lava as folhas,
As flores e ramos;
As dores e nossas falhas.
As flores vingam e chamam, vamos.

Num vai e vem
Grossa e ruidosa;
Fina e fria vinda do além
Escancara escandalosa.


(Bruno Calil Fonseca)


voltar última atualização: 17/07/2003
7958 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente