O DIA DE CHUVA
Cai silente e mansamente
O tempo nublado, destila
O líquido sagrado nos campos,
Nas cidades, demoradamente.
Os verdes campos rejuvenescem
As cidades são lavadas das
Imundices do dia-a-dia
Os homens compadecem.
As matas virgens alimentam,
As habitações adquirem o mofo,
Taciturna torna-se as pessoas.
Chuva e brisa nos acalentam.
Meditamos sobre a vida,
É a oportunidade de pensar.
Viajamos e com muito sol,
Assim sonhamos com a jazida.
Na rede embalamos o sonho
De viajar, rezar e viver.
Sol, o do sonho.
Cai chuva, dia enfadonho.
Deixamos a correria, tudo para
ver as gotas descerem do céu
Plúmbeo, ritmicamente caem.
A tarde chega e o sol não escancara.
Noite fria e negra,
Ecoa um forte trovão.
Clareia toda cidade e campos.
Cessa a chuva, pois é a regra.
(Bruno Calil Fonseca)
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