A Garganta da Serpente

Bianca Tupinambá

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Ópera muda

De repente
Como uma flecha
Que atravessa
Uma fina folha
O mundo se cala
Sem pedir minha opinião
Num último brado
De um click estampido
O som para mim
Não existe mais
A realidade alternativa
A solidão sonora
A multidão agora
Não fala mais
O vento que agora
Em meus pelos tocam
São um resquício de sensação
Os carros passam
Os ambulantes gritam
Eu só vejo os movimentos
De uma ópera muda
Nos meus olhos
Uma tela viva e a cores
Onde só se escuta
As próprias batidas
Do meu próprio coração


(Bianca Tupinambá)


voltar última atualização: 25/11/2008
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