Reide atroz
Traços que trincam a pele
Laços que atam sem nós
Trincas emperram as portas
Almas que se sentem sós
Pobres sapatos enrugados
Poeirentos de tantas amarguras
Rastejaram o chão cicatrizes
No lodo das tristes loucuras
Ser o todo ausente querido
No vácuo da fresta de um vão
Espaço da mente esquecido
De nuvens que riscam o chão
Mas nada do só é perdido
Do grito do nada, à exaustão
Encontra-se algo escondido
Suspiro; de amor, de emoção
(Beto Quelhas)
|