A Garganta da Serpente

Beto Quelhas

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Reide atroz

Traços que trincam a pele
Laços que atam sem nós
Trincas emperram as portas
Almas que se sentem sós

Pobres sapatos enrugados
Poeirentos de tantas amarguras
Rastejaram o chão cicatrizes
No lodo das tristes loucuras

Ser o todo ausente querido
No vácuo da fresta de um vão
Espaço da mente esquecido
De nuvens que riscam o chão

Mas nada do só é perdido
Do grito do nada, à exaustão
Encontra-se algo escondido
Suspiro; de amor, de emoção


(Beto Quelhas)


voltar última atualização: 28/11/03
7853 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente