A Garganta da Serpente

Beto Quelhas

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Suplício

Pó plúmbeo que margeia rios estradas
imploram no caminho as pegadas
que contam rastros rasos na areia
das bordas frágeis linhas de uma teia

As cordas que gargalham nas pedrinhas
das claras águas limpas cristalinas
refletem a outra face; a luz da lua
pegadas de tristeza e amarguras

Caminhos desencontram nas tormentas
das bocas desejosas e sedentas
daquela imagem em resto fixada
de aceno no adeus de uma calada

O branco que persegue a fina neve
silêncio e a cachoeira já não bebe
lamento que um vento olhou pra trás
no grito um escuro, e nada mais


(Beto Quelhas)


voltar última atualização: 28/11/03
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