pensamentos soltos num porão
hóspede da Vida,
uma mutação constante...
mata e ressuscita,
buscando
embrulhar emoções
em
um único significado...
mensageiro do Destino,
retrata-se n'uma linguagem obscura
e desordenada,
como um moribundo
deitado
à margem de uma perspectiva canina
no
epicentro do imaginário...
euforicamente suspenso n'uma
embriaguez autodestrutiva.
escravo da Morte,
penetrando-a até encontrar,
numa
vida inerte,
o
último florescer de alguma sensação
mas frustrado então,
apela à carne
devido a um vírus que
carrega dentro de si
e
não nota que é ele mesmo, enfim...
(16.10.2003)
(Bernardo Coutinho)
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