A Garganta da Serpente

Bernardo Coutinho

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ânsia

Misturando o calor dos corpos,
     deixando cair gotas de suor...
     demonstrando afeto num espaço contido,
          um universo tímido, de gestos...
o gosto da pele,
     (é do pulso o mais denso vinho...)
o sabor da boca,
     o cheiro impregnado,
          idéia que vaga solta...
          um pensamento que escapa,
               memórias que fogem...
                    angústia...
pensamentos volvendo o espírito para assuntos banais...
     relembrando os doces momentos do passado...
vem, ó Ressuscitadora de sonhos,
     incendeia essas emoções
     guia teu servo do prazer,
        que sobrevive em meio à paranóias trazidas pela evolução,
               pelos tortuosos caminhos do Destino
               a deleitar-se com palavras, com gestos...
                    na esperança do vir a ser
                    vendo a vida vivendo avidamente...
                         mas tudo acaba...
                              e a Morte... finalmente... vence!

(22.07.2003)


(Bernardo Coutinho)


voltar última atualização: 29/11/2004
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