ânsia
Misturando o calor dos corpos,
deixando cair gotas de suor...
demonstrando afeto num espaço contido,
um universo tímido,
de gestos...
o gosto da pele,
(é do pulso o mais denso vinho...)
o sabor da boca,
o cheiro impregnado,
idéia que
vaga solta...
um pensamento que
escapa,
memórias
que fogem...
angústia...
pensamentos volvendo o espírito para assuntos banais...
relembrando os doces momentos do passado...
vem, ó Ressuscitadora de sonhos,
incendeia essas emoções
guia teu servo do prazer,
que sobrevive em
meio à paranóias trazidas pela evolução,
pelos
tortuosos caminhos do Destino
a
deleitar-se com palavras, com gestos...
na
esperança do vir a ser
vendo
a vida vivendo avidamente...
mas
tudo acaba...
e
a Morte... finalmente... vence!
(22.07.2003)
(Bernardo Coutinho)
|