A Garganta da Serpente

Bartira

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NO ALTO DESSE ABISMO...

IV

Tornas em sonho a vida de quem ama,
sem conhecer a fundo a real essência
da florescência farta que esparrama.
No mundo, o amor postado na regência,

nos versos dessa deusa que declama,
trazendo da poesia a consciência,
na busca desse ardor, voz que derrama
a fala, o som, a cor: luminescência.

Distante estás, ó doce criatura,
da senda que buscaste sempre atenta,
guardada na lembrança a antiga origem.

As metas verdadeiras não se atingem,
quando te esqueces da subida lenta,
se declaras em vão o que perdura.


(Bartira)


voltar última atualização: 29/08/2008
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