XIV
Perde-se a vida, ganha-se a batalha
buscando o teu segredo e me perdoa,
se quero interrogar-te. A voz me falha.
Espero, não me falte essa coroa
de louros perfumados na mortalha.
Na busca, da canção que ainda entoa,
aquele que encontrou fatal navalha,
escravo das palavras que amontoa,
jamais pôde encontrar desenvoltura...
Na dura experiência da verdade,
és tu real pureza enorme e clara!
És meu viver, a seta que dispara
o coração que é teu, todo em vontade,
oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
(Bartira)
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