O Toque do Escorpião ( parte II)
Quando toco nela sinto dor que não deveria voltar
Sei de tudo o que se passa o que não posso tentar
A lâmina fria que carrega o veneno furioso
O toque do escorpião, mortal e venenoso
Os olhos claros que já foram meus não refletem mais
O amor que um dia iluminou os meus dias banais
Não carrega nenhuma gota ou vestígio de alegria
Só lança em mim a tristeza desse dia
Mesmo que eu me aproximasse lento e ferido
Rastejando e mendigando, fingindo ser amigo
Confesso ainda que sofro pela perda notável
E que fui eu mesmo que me tornei este pobre miserável
Eu que já tive tantos sonhos a fazer
Por ela não posso mais querer
Espero silencioso no covil dos perdedores
Planejando como se reerguer longe dos traidores
Agora a fúria me domina, pois sei que tenho que continuar
O ódio cura mais que qualquer remédio, vou me tratar
Tomar o sangue sujo desta vingança inocente
Oculto no drama que permeia em minha mente!
(03/09/04)
(Azrael Crowley)
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