A Garganta da Serpente

Artur da Távola

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

SONETO DO PAI

Ser é juntar
Passado e futuro
Na ilusão do presete.
É concomitar eras necessárias
Ao milagre inútil de cada vida.
Porrada de sol e originalidade
Que desemboca na vala comum
De semelhança antagônica.
Sou fagulha da mesma luz
Que é nós mas proclama o eu.
Sou meu avô que é neto do meu pai
Fragmento de luz do mesmo raio
Versão ilusória do uno e concomitante,
O tempo, a mais dolorosa das ficções.


(Artur da Távola)


voltar última atualização: 02/09/2010
15397 visitas desde 27/09/2005
Que tal comprar um livro de Artur da Távola?


  • O Jugo das Palavras


Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente