SIGO
Sigo, solto em meus deslizes,
Buscando a verdade das coisas,
A essência dos instantes que me cercam.
Minha loucura me vê
Triste e confuso,
Menino tateando nas percepções,
Fantasma rondando
A ancestralidade dos desatinos
Que me tornam agregado ao silêncio maior
Das almas sós.
A realidade cansa-me,
A vida suja-me,
O tempo não me ouve, não me diz nada.
Sou a curva dos infinitos, pesada curva oca.
(Aroldo Ferreira Leão)
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