A Garganta da Serpente

Armando Sousa

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Perna enroscada

Calado, vivo o dia olhando o que desconheço
Nos fragmentos do que escrevo imagino tua pele
Memorando o que li a minha deusa do amor peco
Deixa cair em minha línguas gotinhas de teu mel
Gotas de mel são a matéria que assanha o amor
Deixa amor, que eu rompa o tempo, ferre beijos
Tu, a perfeição de mulher; esculpiram-te sem cor
Restituíste ao meu ser, amor e paz; meus desejos
Vénus no meu olhar; na mitologia, fera da paixão
Cavalgas em minha mente deusa; fazes-me tremer
As lanças de teu olhar atravessam-me o coração
Desces da pedra deusa; na cama, noite de prazer
Tua sombra; faz o desejo iniciar, nossas cavalgadas
Violino de teu corpo faz o homem gemer de amor
Pede ao infinito noites serenas, mornas, aluaradas
No imaginário sentirmos, arco-íris de muita cor
Ergue-te amor, entra nas ruínas de meus sentimento
Deixa tua boca beijar como fera louca esfomeada
Olha como quem deseja, sem matares o sentimento
Nossos corpos enlaçados; dentro; perna enroscada.

(01/12/2010)


(Armando Sousa)


voltar última atualização: 08/03/2011
23876 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente