A Garganta da Serpente

Arlinda Lamêgo

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VIAGEIRA

Surpreendo-me, transformo-me no itinerário...
Sou viageira de um meu real e do imaginário.
Meu mergulho são vivência e sal, os reversos
Dos formatos de rima e ritmo, faço-me versos.

Grito, onde estão os teus anjos, ó meu Senhor?
Em mim, só lágrima, a paz, o amor, suor e dor.
Sentida, escolto o coração e nisso me escondo.
Preservo-me da dor, e sei, um crime hediondo.

Viajo nas letras, meu mundo é imenso, interno,
Meu céu e meu inferno, elos mais que eternos,
São a ânsia de criar e explorar todos os meus ais.

Sutis gotas de ternura em minhas mãos revivem
No tempo que tive, e que supus, fundamentais.
Nada em mim vai ficar, apenas os meus jamais.

(07/04/2006)


(Arlinda Lamêgo)


voltar última atualização: 01/05/2006
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