A Garganta da Serpente

Antonio Cícero da Silva

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

A CAIPORA

Fala-se da caipora
Também "vovó-das-matas"
No Nordeste do Brasil
Sempre ela existiu.

Ela assovia à noite
Está nas matas a vagar
É lá sua morada
E exige ser respeitada.

Chama-se também,"comadre-das-matas"
A uns ajuda a outros maltrata
Torna-se até amiga
Quando se acha assistida.

Ela gosta de beber e fumar
Quem vai às matas deve se lembrar
Principalmente quem vai caçar
Deve bebida e fumo para ela levar.

Ao presentear a caipora
Animal irá encontrar
Se nada a ela doar, pode até apanhar
E a caça ela esconderá.

Se nada a ela levar, pode até se irá
O caçador e cachorros apanharão
Será surra terrível
Que vem do invisível.

(Poema do livro: Nós Somos Poesia, CBJE, 2005 - Rio de Janeiro)


(Antonio Cícero da Silva)


voltar última atualização: 03/08/2009
10334 visitas desde 31/03/2009

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente