MEU AMOR
Um sedento amor profundo e doce,
Repleto de sonhos arrojados e fortes
Minha vida pobre e parnasiana trouxe
Por obra de vanguarda, ou extrema sorte.
Voluptuoso sentimento sincero, brando, sereno...
Torna minha hospedeira tristeza uma alegria eterna,
Antes tênue, agora comparada a quaresma...
Faz-me um grande cosmo verde musgo. Era pequeno.
Mas se em minha vida,
Fora sua ausência anunciada,
Sou um andrajoso caminho sem saída,
Um nada.
(Antônio de Castro)
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