A Garganta da Serpente

Antônio de Castro

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PÁTRIA AMADA

Tremem-me as pálpebras...
A água salgada cobre-me a face...
Minha pele profere-me a emoção...
A mão no peito contempla sólida
A flâmula que quer libertar-se,
A flâmula cujo Brasil tem seu brasão...

E o hino sempre a sussurrar
Traz-me minha pátria a tona...
A pátria cujos filhos hão de amar...
Os filhos que fazem dessa pátria,
Uma pátria que não os ama.

És divina, afrodisíaca, endeusada....
Sedenta de desenvolvimento, no cio...
E teus filhos teem de te ajudar...
Porem, escravos do capitalismo,
Escravos sem qualquer misticismo,
Não te amam, ou parecem não te amar...
Saiba... Sou um de teus filhos, Brasil!
Mas amo-te... amo-te minha pátria amada.


(Antônio de Castro)


voltar última atualização: 01/12/99
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