A Garganta da Serpente

Antenor Rosalino

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Por Amor

No lânguido e suave silêncio
dos pensamentos meus,
pratico a arte de esquecer.
abandono-me ao arrepio dos ventos
e deixo os reveses da vida
serem varridos para a não existência.

Nas profundas fontes da memória,
mantenho a receptividade de espírito
tanto na doce acalentura do sol,
como no melancólico nublado das nuvens,
em que uma tristeza fina
toca o meu coração
além do alcance da alma!

O bálsamo das flores
que não me impressionavam mais,
volta-se para mim agora,
como verdadeira essência da vida.

Imaginando cintilantes reflexos do sol
nas águas de um lago azul,
a poesia inunda o meu ser e sonho,
arrastado no espaço-tempo,
o sono interminável dos que vivem
o altruísmo na alegria e na dor,
vivendo só por amor!


(Antenor Rosalino)


voltar última atualização: 06/05/2010
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