MÁRTIR
Finda o gozar
O pranto do meu ego duro
Cai devagar
Espatifou-se uma lágrima no muro
Chega a cessar
Meus olhos abrem-se do sussurro
Dela a passar
A vida pouco a pouco fica no escuro
Nada a tocar
Um ódio sente que não é mais puro
Nem mais será
O pranto do meu prego duro
Finda o gozar
(Anselmo de Sousa Gomes)
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