A CHUVA É VAMPIRO
A chuva esconde todosom
Ficam todos "p" infantil
Tem uma cor de vago
Neurocompassado
A chuva é um retrato anuro
Que vem sempre para passar
Parapassar-parapassar-parapassar-parapassar
No telhado
A chuva é o microcosmo de um
E fede às vezes
Soa infantil
E cai de repente na massa gelada forte que não deve mais cair
É improvável a chuva
O CAOS
Em finas linhazinhas recortadinhas de céu
(em finos traços préparados de céu)
A chuva é murcho
Dormindo
No espelho do olhum vampiro
A chuva tufochão
Fofoficochão
Roxo
A chuva passa
Neon desligado de alguém
Mete o dedo no cérebro e remeexe
A manga pinga
Pipinga o sol
E o mar sepulta looonge
(purquepensono - mar)
Enquanto chuva: ainda vai chover
O céu guarda no bucho outro filho
Grande ou piqueno depende di mim
(de mim)
E pronto
prontoprontoprontoprontopronto
Preteouocéu
Juntotudonumsócinzapradespencar
Ááááágua!!
.
.
.
A chuva é na goteira
Na mintira do rio
A chuva é o som rebatendo e caindo
Num fim
Lodo gordo
É o pinto cagando mole
A fome de café
Vem com a chuva o trabalho
Escorregando
Passum ---------------------------------------------------------->>>
Raio
A chuva era:
torrente, truvão, turva, tempestade, tormenta,
temporal, tempo, tapa no balde
A chuva chover no inverno é comum
Dessalgar o peixe é normal
Trivial na Inglaterra
(onde não é mais vampiro
nem dos bons)
A chuva é isquecer
um
rastro do poço que ainda em mim há e que [sobe do coração
Redemoinho à alma
É o fim
O fim
(Prestem atenção: o fim!)
Do verão
(Anselmo de Sousa Gomes)
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