VERSO QUE ME GOZA
És a mão forte
no gemido e no corte.
Um beijo mordido
suspiro incontido.
És a pegada voraz
que sempre vem por trás.
Um aperto que não me dói
molhar que não me corrói.
És a saliva que não lambuza
simplesmente me abusa.
A língua que me sacia
novamente me cria.
És o perfume que aspiro
em teu cheiro nem oscilo!
A pele que se me acende
gozo que se pressente.
És o sorriso que me ostenta
num rio que me contenta.
Um viver que é pleno
êxtase sereno.
És a alegria no meu sentir
apenas aguardando o porvir.
Querer que não é prosa
verso que me goza.
És o que eu queria
apenas não sabia!
E quero mais
não me saciais!
Volte-me...
que te espero!
Ame-me...
que me entrego.
(11/01/08)
(Annie Nogueira)
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