A Garganta da Serpente

Anna Jacinta

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

VIANDANTE

Sinto-me solitário
Viandante que vaga pelas ruas da vida
Sem porquês, como, pra onde
Alguém que a onda do mar ensina
O vai e vem perene de persistência
Placidez e ira
Buscando a alva praia que se distancia

Sinto-me como o vento
Turbulento e suave
Por entre as árvores
Entre as folhas secas
Num redemoinho eterno

Sinto-me como o olhar cauteloso do cãozinho
Em sua simplicidade
De alegrar-se com o menor carinho
E sentir as nuances de humor daqueles com que compartilha
Seus dias

Sinto-me solitário, forte, carente
Em meio a tanta gente
Com tantas histórias, tantos dramas, tantos sonhos
Que se esvaem no medo de viver


(Anna Jacinta)


voltar última atualização: 19/01/2011
10181 visitas desde 27/09/2010

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente