A Garganta da Serpente

Anna Apolinário

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Madrigal

Ó falo que molhou de orvalho
a flor escarlate maldita.
Ó anjo embriagado
solto na neblina.
Unge meu sexo
fecunda meus deuses & lírios.
Cativa-me, com o calor
do gozo assim desmedido.

Ancorei meu verso
num mar de saudade
que inebria.
me dissolvi ao vento
feito areia movediça.
confabulei com a noite
aflições de um amor lírico.
enquanto coroavas meu ventre
para fazer nascer o fruto da nossa poesia.


(Anna Apolinário)


voltar última atualização: 03/07/2009
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