A Garganta da Serpente

Aníbal Raposo

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CORRO RISCO

Corro.
Para quê?
Não derreteu Dali os relógios,
Tirânicos guardiões do tempo?
Para quê?
Se amanhã, quando renascer como árvore,
Vou abrigar os pássaros sempre que o sol cair.

Risco
Palavras,
Muitas, sem nexo.
Gostaria de riscar projectos de catedrais
Cujos pináculos rasgassem
As nuvens que te ensombram a alma.

Corro risco,
De não te saber amar
Com a fúria dum ciclone de Setembro.
Com a calma espelho d' água das lagoas.

(Ponta Delgada, 2008-12-05)


(Aníbal Raposo)


voltar última atualização: 11/02/2009
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