Rosa do passado
Em meu coração gelado,
Brota uma rosa do passado
Nesse corpo tétrico arde a chama da esperança
Nesses olhos inertes residem à sombra da dor.
Olhando para o mar negro
Eu sinto as marcas de outrora
Aquelas que me fazem ver,
O quanto foi cruel a Aurora.
Seu corpo nu jogado ao léu
Sobre um túmulo completamente inércia
Ao cair da chuva, envolvida no nevoeiro
Seus belos lábios e seios úmidos lascivos
Em seu sepulcro lacrimal,
Deposito minhas preces
Agora fincada nesse solo de inverno
Como uma espada enfiada na rocha.
(Juan Angelos Anjo Negro)
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