A Garganta da Serpente

Angela Oliveira

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ZEZÉ

vim duas vezes do teu ventre
cheguei num leve compasso
de espera de gerações...

no teu rosto jovem e belo
marcas tímidas da minha tez
se revelam disfarçadas...

caminhei pouco ao teu lado
mas carimbei no meu destino
o selo particular da tua história...

hoje, revejo o teu retrato guardado
no álbum amarelado de fotografias
que o tempo transformou em saudade...

das mulheres da minha identidade
és o meu dito sentenciado em promessa
para modelar a mais forte em mim...


(Angela Oliveira)


voltar última atualização: 16/04/2007
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