SONETO XIII
A doce visão da musa libidinosa em meio aos lençóis
esfumados da noite, revelando o dia como se este acabasse de despertar. Transcrever
isto? Pedido impossível...
Pedes-me que te torne poesia,
Mas como poderia clarear o dia
Em páginas negras e sem tato,
Comparadas com o teu doce retrato?
Onde encontrar esta pureza radiante,
Que oscila o brilho tenaz do diamante,
E fere o meu coração comovido,
Como o amante que ouve teu gemido.
Ornar a doce Afrodite no paraíso,
Com teus lábios enfeitiçados,
Que me elevam nos dias mais clareados.
Brilho que ressoa de teu ventre liso,
Inunda a noite de minhas paixões,
Com teus olhos que movem minhas expressões.
(André Plez)
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