A Garganta da Serpente

André L. Soares

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REBELDE

Teus mistérios me devoram
Me transformam em compulsivo curioso
Homem em fogo a desejar-te todo tempo
Espantado com a cor do teu fascínio...
Mas sob teu domínio
Meu amor é furiosa tempestade.

Liberdade é tolice que abdico
Quero ser, por livre arbítrio
Tua propriedade,... teu escravo.
Vem satisfazer-se plena em mim
Mas não conte sempre assim
Com essa leal passividade.
Sou mesmo de veneta
Vez ou outra, serei rebelde amotinado
Tendo rabiscado cicatrizes na tua pele
Deixarei mordidas em tua carne.

Invertido assim o jogo de cartas marcadas
Entre a casa grande e a senzala
Se à luz do dia, tu mulher és minha dona
Quando, enfim, a noite acalma
Sou eu o amo de teu corpo
Tu és minha mucama...
Servil, apaixonada.

(03.07.05 - V. Velha/ES)


(André L. Soares)


voltar última atualização: 16/09/2007
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