A Garganta da Serpente

Andre Hideki Ivano

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NARCISO

É assim mesmo, Narciso.
Sem o seu espelho,
Daqui por diante, o medo
Invadirá o espírito.
Aos poucos será punido:
Rugas riscarão o rosto
Sem aviso ou adorno
Do horror definitivo.

Tenho prna do eu passado
-Era feliz em demasiado,
E hoje, lhe resta um futuro
Tristonho e moribundo.

Aquele tempo era o ápice
Da grandiosa vida
Ausente de um disfarce
Ou algum tipo de agonia.

Será como nós, agora.
O mundo grande demais,
Desnudo como jamais,
Destruirá seu história.
Terá vida ordinária
Baseada na incerteza
Da beleza diária
Das manhãs rotineiras.


(Andre Hideki Ivano)


voltar última atualização: 07/03/2001
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