A Garganta da Serpente

Andréia Alves

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Geração sem nome

Enoja-me a juventude do novo milênio
Os varões capitalistas do mundo subdesenvolvido
Nosso sul fértil brilha aos olhos dos barões
Nosso povo bem contornado
Causa ira os corpos de tábuas.

Sem querer está tudo bem
Aos submissos o suor
Mal pago e humilhado
Aos subversivos a derrota;
São poucos e patriotas
E a multidão com receio.

E nós, metade de um adulto
Responsáveis e maduros
Temos como maior batalha
A guerra contra nada, fantasmas...
E sangramos a esperança
E matamos o futuro que nunca esteve perto.

Não é este imundo mundo que sonhei para mim
Mas faço parte de toda essa sujeira
E sempre acreditei fielmente
Que em mim portava a salvação
E no fim, não eram nem meus próprios sonhos.


(Andréia Alves)


voltar última atualização: 19/09/2006
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