A Garganta da Serpente

Andréa Muroni

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

DO PAVOR E DO SUBLIME

Não digo que te quero
embora de mim já tenhas mais
do que todo o meu sorrir
Cúmplice insciente
de meus pequenos crimes de lascívias
e delicadeza

E se o pouco que te vi
do tanto que te olhei
me vem agora em gana fremente
entorpecendo línguas e sentidos
é que de há muito vinham os abraços pelos braços
aguardando a madureza

Mas não te quero
não digo que te quero
porque temo os teus medos
Afrontar-te com a simplicidade grandiosa
de apenas querer
aquecer os teus dedos


(Andréa Muroni)


voltar última atualização: 09/02/2005
6779 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente