| DO PAVOR E DO SUBLIMENão digo que te queroembora de mim já tenhas mais
 do que todo o meu sorrir
 Cúmplice insciente
 de meus pequenos crimes de lascívias
 e delicadeza
 E se o pouco que te vido tanto que te olhei
 me vem agora em gana fremente
 entorpecendo línguas e sentidos
 é que de há muito vinham os abraços pelos braços
 aguardando a madureza
 Mas não te queronão digo que te quero
 porque temo os teus medos
 Afrontar-te com a simplicidade grandiosa
 de apenas querer
 aquecer os teus dedos
 
 (Andréa Muroni) |