A Garganta da Serpente

Andersonc

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Aparição

Você, alma morta, hediondo espécime do sobrenatural,
Com sua palavra medonha, dize-me, eu quero saber: por que sou mortal?

Não tem mais corpo, sua existência corpórea foi devorada pelos vermes,
E sua mente lasciva se tornou isto: ignóbil forma horrenda.

Serei eu como você, quando os vermes devorarem minha carne?
Alma podre, alma libidinosa. Existe volúpia após a morte?

Corpo; corpo e alma, dualidade inseparável. A alma apodrecerá?
Os vermes têm poder para tanto? Dize-me, hediondo espírito!

Suma de perto de mim, não me assombre mais, volte para sua tumba fétida!
Se não tem respostas, de nada você serve;

Não preciso ver fantasmas para ter medo, pois convivo comigo.
O que já é suficiente...


(Andersonc)


voltar última atualização: 25/11/2008
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