O canalha
No paraíso, a onde os canalhas
Se alimentam com voracidade
Dos sentimentos da humanidade
Onde disputam todas as migalhas.
E assim irrompem todas as batalhas
E camuflados de sinceridade
Os torpes vermes da canalhidade
jamais admitiram suas falhas.
Eis o canalha - um verme sujo
Um apedeuta infeliz, e cujo
Não logrará jamais um só momento.
Em que se apegue, a um ar sincero
Um nobre sentimento, dele não espero
Se não as farpas do seu pensamento.
(Anacreonte Sordano)
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