A Garganta da Serpente

Ana Claudia Laforga

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Pensamentos que se tocam

A expectativa gera a retomada.
Moto-contínuo.
Erro, por três vezes o caminho!
Chego na porta, e,
ao invés de ir adiante,
retorno a esquerda.
A chuva cai,
enferruja a chave.
Sinto tanto frio...
As pernas tremem pelos dois motivos.
Não sei o que sai de mim.
Só sei que é pelos poros.
Umidifica.
Goteja.
Verte o vinho.
O rio principia a mudança de curso.
Fecundação.
Arrepio ao mais frio estímulo.
O ato é brusco,
remete a violência.
O toque é do amante.
Lanço-me ao que me incendeia.
Encontro-me ali todos os dias.
Nos meus e nos seus pensamentos.


Ana Claudia Laforga


voltar última atualização: 30/11/2006
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