Maldita, bendita turbulência!
Atravesso a fase de turbulência.
Detesto admitir,
mas estou nessa freqüência.
Quando acalmo,
retomo a velocidade.
Mas, os movimentos involuntários,
tomam-me pelos braços.
Descompasso o meu próprio ritmo.
Ouço algumas rezas e muitos gritos.
Olho de soslaio toda aproximação do inimigo.
Inimigo ou oponente?
Mistério a ser resolvido.
Toda vida escorrega pelos dedos.
E eu gosto mais dos momentos em que estou comigo.
Muitas possibilidades acarretam pouca qualidade.
Vejo o tempo que passa e mil flores que brotam.
Vejo você nessa fumaça!
Maldita, bendita turbulência!
Viva essa minha desgraça!
Ana Claudia Laforga
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