A Garganta da Serpente

Américo Elísio

pseudônimo de José Bonifácio de Andrada e Silva
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Soneto

(à Marina adoecendo no dia de seus anos)

Os fachos pelos ares sacudindo,
Voando baixam mil gentis amores;
Cingidas todas de festões de flores
As Graças vejo vir folgando e rindo.

De ditos chocarreiros bando infindo,
Brincos travessos, beijos voadores,
Travando dos desejos matadores,
Ledos se aprestam ao festejo lindo...

Eis chega amor! "Os míseros humanos
Vinguemos hoje, diz; cesse a alegria;
Não se celebrem de Marina os anos.

"Os males que ela fez punam-se um dia,
Sinta murchar os olhos soberanos,
E pague com a doença a tirania."

(in Poesias de Américo Elísio - Fonte: Brasiliana Digital USP)

Américo Elísio (José Bonifácio de Andrada e Silva)


voltar última atualização: 30/05/2017
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