A Garganta da Serpente

Américo Elísio

pseudônimo de José Bonifácio de Andrada e Silva
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Soneto

(improvisado na partida para Portugal em 1783, aos 18 anos de idade)

Adeus, fica-te em paz, Alcina amada,
Ah! sem mim sê feliz, vive ditosa;
Que contra meus prazeres invejosa
A fortuna cruel se mostra irada.

Tão cedo não verei a delicada,
A linda face de jasmins e rosa,
O branco peito, a boca graciosa
Onde os amores têm gentil morada.

Pode, meu bem, o fado impiamente,
Pode negar de te gozar a dita,
Pode da tua vista ter-me ausente:

Mas apesar da mísera desdita
De tão cruel partida, eternamente
Nesta minha alma viverás escrita.

(in Poesias de Américo Elísio - Fonte: Brasiliana Digital USP)

Américo Elísio (José Bonifácio de Andrada e Silva)


voltar última atualização: 30/05/2017
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