A Garganta da Serpente

Alzira Lima

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ÉDEN

Entranhem este corpo cansado de procurar
Esta fronte incapaz de ocultar as intempéries
Perenemente no prazer!

Me encerrem no paraíso…

Alguém me diga onde fica o espaço que flutua
Onde tudo é contentamento,
E ninguém e nada nos desfaz!

Me internem no paraíso…

Lá, esta nuvem fugaz e perseguidora…
Tornar-se-á imperecível, presente,
Vincada nos dias tão pejados de insignificâncias…

Me esqueçam no paraíso, por tão ânsia me desvaira desse letargo…
Conduzam-me para algum lugar pintado, ténue, harmonioso, límpido
Com ondas de sabor
E algodão doce…

(10 Março 2008)


(Alzira Lima)


voltar última atualização: 14/07/2008
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