A Garganta da Serpente

Alzira Lima

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FAZENDO AMOR

Vão vazio daquilo que implorou.E rasgou
Caminho achado abandonado
Ranhura de uma vida
Lâmina afiada, acatada
Sulcos de prazer num Deserto ímpio de um par
Que se abriu e se fechou
Prazer escorrido
Montanha escalada
Desejo de ter o ser
Vontade constantemente mortificada
Que dá a vida e a desmaia
Etapa fulminante do eco certo do momento após o momento
Antologia perene
Antídoto
Doce veneno
Corpo agitado
Ondas conformes
Casto molde
Dilatação
Penetração infame
Voo empreendido
Escarpa indubitável de um abraço
Hemorragia estonteante
Estuário de corpos num só
Força estranha
Fome e fonte
Gatilho tocado
Disparo
Hífen híbrido
Insolação insofrível
Insinuação régia
Arrepio insone
Constantemente insone...


(Alzira Lima)


voltar última atualização: 14/07/2008
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