Segregando é ser gregário
Não é a conta o que conta
Não é chegada
É estrada
Não é ruma
É rumo
Não é tudo
É sumo
Não é roupa
É polpa
Panos pras mangas
Quem teme frio é espinha
Mente vazia não tem agasalho
Todo galho quer seu próprio macaco
Rabo feio não tem espelho
Toda farda mata
Ad hoc veste o pop
Toda falta é sem miolo
Vida sem cardápio
Toda fome quer ter boca
Dente não morde vácuo
Toda lã é vã
Culpa mora no bolso
Toda cova é cama
Dorme neném que a Cuca vem pegar
Toda morte é fama
Alguém vai te canonizar
Falta carne para quem a carne farta
Deputado agulha é sem linha
Um dedo de prosa fura bobo
A vida é boa
É imoral e engorda
Papa na língua é pecado
Quem tem crina não é gago
Valente só mente medo.
Larga desse estou junto nesse mundo
Porque todo destino é capim
Mas antes disso
Estrume que boi não come.
(Aluisio Martins)
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