A Garganta da Serpente

Aluisio Martins

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ABRAÇO PERFEITO

Não há rasuras nesse amor tão vívido
Não há fissuras dado que vivo ávido
Quem saberá das idas, dos meios e dos fins?
Lembro do nosso quero bis
Nós vestidos de querubins no bosque das letras
Minhocas enroscadas nas raízes dos desejos
Seqüestrando muito além de carbonos e outros venenos
Dos orvalhos que desciam das tuas palavras noturnas
Verti todos os líquidos
Gota por gota
Minhas lágrimas
Vivo entre espinhos que esgrimam
com a felicidade de existirmos uma vez mais


(Aluisio Martins)


voltar última atualização: 26/07/2000
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