NA NIHILIDADE DE MINHA PAIXÃO
Só quero que você saiba...
Que por você me tornei...
O mais apático dos pessimistas...
Um amante das artes nihilistas.
O amor é minha única preciosidade...
O sabor de minha realidade...
Dentre a sujeira e a apatia...
De máscaras plásticas de hipocrisia.
Eu neguei até à mim mesmo...
Numa tentativa desesperada de resistir...
Ao fracasso e ao nefasto medo
De um dia por você desistir.
Neguei conceitos poéticos...
Do humanamente certo ou errado...
Dentre os nihilistas fui o mais cético...
Razões por nunca ter sido amado.
Destrui castelos de esperanças...
Assassinei todas as minhas expectativas...
Você foi a única que sobrou de minhas lembranças.
Matei todos os mártires e fiz de você minha diva.
Nihilista que no amor acredita...
Falso pessimista por acreditar em algo na vida...
Eterno ex-mestre do nada...
Nihilista de conto de fadas.
(29/12/2001)
(Alisson Andrello Couto)
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