SOU SUA SOMBRA

Me chamam de louco...
Porque eu vivo pouco...
Porque fujo da rotina...
Desta sociedade cretina.

Me julgam diferente...
Criatura desolada e doente...
Me condenam pelo que sinto...
Desejando-me o negro limbo.

Eu neguei a grande farsa...
De uma vida regada à valores...
Nadei contra a grande massa...
Privei-me de todas as dores.

Sacrifiquei-me para te amar...
Neste mundo negro ei de me trancar...
Até que sua luz me ilumine como vela.
Do esquecimento de minha fria cela.

Minha chance de existir...
Me mostrou para onde ir...
É na sombra de seu doce vulto...
Que eu passionalmente me oculto

(29/12/2001)

(Alisson Andrello Couto)