DOMINUS DO MUNDO

Sofremos e calamos.
Perdemos e não desistimos.
Pois somos fruto da ignorância,
e nascemos da persistência.
A fé deve acalmar e aliviar os efeitos da realidade.
Mas, o que é real?
O que pensamos, vimos e vivemos?
Os pressupostos que nos impõe?
Ou a realidade não existe tal como ela nos parece?
Os livros, teorias impressas, deveriam ao menos intrigar.
Onde estão os conflitos em prol do bem comum?
Artimanhas do poder.
Somos todos miseráveis e medíocres,
traçando metas em busca do capital.
Capital que ordena, domina e corrompe o mundo, que reforça a tirania.
Se o possuis tens direito a tudo,
E se não, qual a tua valia?
Se a vida é a resposta da interdependência de todos os entes.
O que são feitas das relações?
Caem na teia da dominação, exploração.
E nossa percepção vai cada vez mais sendo devassada despercebidamente.
Somos ao mesmo tempo vítimas e culpados.
Mas a quem cabe o julgamento?
Quem sabe à Natureza.
Somos responsáveis voluntários e involuntários pelo caos.
É hora de decidirmos a que valores queremos nos ater,
que futuro queremos para as próximas gerações e trabalhar,
reforço, trabalhar muito para alcançarmos nosso objetivo.
Não depende de quanto você tem, e sim do que você é,
e é capaz de ser para cooperar com a transformação da realidade imperiosa de hoje.
Chega de conformidade e ingenuidade. Reciprocidade é fundamental.

(2004)

(Aline Dias Kormann)