A Garganta da Serpente

Alfred' Moraes

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O DEUS TEMPO

Vislumbrando o Amanhã
No Ontem do Logo Mais,
O meu espírito alado
Fez-se garça sobre os vendavais,

Alado, esvoaçante, leve.
Branco, triunfante, neve.

No Anteontem do Hoje.
Vibram as cordas dos neurônios
Ao toque do pensamento
No cordame telúrico dos sonhos.

Trôpegos, tímidos, tenazes.
Cálidos, lépidos, audazes.

Na mandala da existência
O murmúrio dolente das horas
São cantigas hodiernas
De notas perenais de "Agoras".

Lúdicas, líricas, loucas.
Ríspidas, rápidas, roucas.

Na roda do Porvir e do Pretérito
O Deus Tempo multiplica cada lida
Em lapsos sempiternos.
Que a moldam a plenitude da vida.

Única, breve, delirante,
Dádiva, gratuita, deslumbrante.


(Alfred' Moraes)


voltar última atualização: 27/08/2007
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