A Garganta da Serpente

Alexandre Medeiros Martins

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Ode atômica

Meu irmão no ar,
sou quem já sabias
o que seria no mundo:
elétron no cérebro,
sinapse para além
dos que não nos enxergam,
não percebem as forças
que regem os ventos
e reclamam por uma fatia
a mais na química,
na proteína que encadeia
a construção orgânica
que configura o muro certo do real.

Meu irmão no ar,
aqui, ali e acolá,
fora e dentro do mundo
há o entendimento,
fora e dentro do mundo
o ser está a um segundo
de alcançar outro palco,
degrau acima na ladeira:
o ser que somos já é mar,
está aquém do fundo,
está prestes a voar.


(Alexandre Medeiros Martins)


voltar última atualização: 16/03/2008
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