A Garganta da Serpente

Alejandro César Alvarez

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Los Corales de Irina

Como en un barco fantasma regresan los nietos del pasado.
Forman fila. Dueños de atónitos semblantes.
Vestidos con sus ropas simples y sus atados de historia.
Bajan, pero tú no estás allí.
Falta tu espuma a este amarre de cuerpos reciclados.
Tierna Irina de medio camino.
Dubitativo arrecife en el meridiano entre el ser y estar.
Hoy mi espera es leyenda de marinos que alocados por el vino, narran historias que me hablan de ti.
Frágil Irina de ninguna parte. De océanos oscuros.
Matriz oculta bajo olas asustadas.
Cuentan que deambulas entre almas nómades de
corales rojos, sobre la alborotada marea.
Desde este muelle anhelo el ondular de tu pañuelo migrante,
agitado de vida.
Más las documentales siluetas del tiempo
resbalan grises por la picada madera,
cuan peces errantes con sus bocas tiesas, y sin ti.
Irina de tierras prometidas y entregadas.
Te amo desde mi seco purgatorio, húmedo de anclas y vapores.
Flotando lejano, en la inconstancia eterna de tu tierra ausente,
del no-lugar.


(Alejandro César Alvarez)

 

 

Os Corais de Irina

Como num barco fantasma regressam os netos do passado.
Formam fila. Donos de semblantes atônitos.
Vestidos com suas roupas simples e seus nós de história.
Descem, mas tu não estás ali.
Falta a tua espuma a este emaranhado de corpos reciclados.
Terna Irina da metade do caminho.
Recife debutante entre o meridiano do ser e do estar.
Hoje, minha espera é lenda de marinheiros embalados pelo vinho, os quais narram histórias que me falam de ti.
Frágil Irina de nenhuma parte. De oceanos escuros.
Matriz oculta por baixo de ondas assustadas.
Contam que perambulas entre almas nômades de
corais vermelhos, sobre a maré alvorotada.
Desde o trapiche anelo o ondular de teu lenço migrante,
agitado de vida.
Mas as documentadas silhuetas do tempo
resvalam cinzas pelas madeiras picadas,
quantos peixes errantes com suas bocas rígidas, e sem ti.
Irina de terras prometidas e entregadas.
Te amo desde meu seco purgatório, úmido de âncoras e vapores.
Flutuando distante, na inconstância eterna de tua terra ausente, de um lugar inexistente.

(tradução: Tadany Cargnin Dos Santos)


voltar última atualização: 21/06/2007
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